Atualmente, organismos reguladores têm dado muita atenção aos aspectos de desempenho de implantes cirúrgicos não-ativos em ambiente de ressonância magnética (RM). Historicamente, houve muita restrição para implantes ativos (marcapassos, por exemplo) quanto a riscos eletromagnéticos devido a presença de componentes eletrônicos no produto. Mas, quando se trata de implantes não-ativos, a admissibilidade de submeter pacientes ao ambiente de ressonância magnética mantém-se em discussão. Implantes fabricados de aço inoxidável, com características ferromagnéticas, são notadamente incompatíveis com ambiente de RM. Já para implantes fabricados com metais não-ferromagnéticos podem ser necessárias análises quanto aos riscos com base em métodos de ensaio e avaliações que identificam parâmetros como deslocamento induzido, aquecimento induzido e formação de artefato em diagnósticos por imagem. Para alguns implantes cirúrgicos de alta classe de risco, como os clipes de aneurisma, a realização de ensaios físicos de compatibilidade em ambiente de RM é obrigatória. Para diversos outros, a realização deste tipo de ensaio não é habitual. Produtos não-ferromagnéticos apresentam risco em MRI? Ferromagnetismo é o mecanismo básico pelo qual certos materiais, como o ferro, formam campos magnéticos permanentes, ou são atraídos por campos magnéticos. O fato de um implante ser fabricado de material não-ferromagnético não significa, entretanto, que não apresentará risco quanto a sua exposição a campo eletromagnético. Existem outros mecanismos de resposta a campos eletromagnéticos, como o paramagnetismo. Além disso, metais não ferromagnéticos ainda podem interferir nos campos criados pelos equipamentos de MRI e distorcer imagens de modo que elas não possam ser interpretadas de maneira apropriada. A maioria dos implantes ortopédicos, materiais e dispositivos avaliados para questões de MRI são feitos de materiais não-ferromagnéticos e, portanto, são potencialmente seguros ou condicionalmente seguros, quando respeitados os cuidados necessários. De acordo com estudos consultados, os implantes de titânio geram significativamente menos artefatos e levarão a melhores imagens de qualidade diagnóstica. Entretanto, devido ao comprimento do implante ou à formação de uma alça condutiva, o aquecimento induzido, relacionado ao procedimento de RM, pode ser um problema para alguns implantes ortopédicos, especialmente dispositivos de fixação cervical e sistemas de fixação interna ou externa. Adicionalmente a energia criada pela ressonância magnética pode causar problemas com qualquer metal condutor dentro de um implante, que pode inadvertidamente se tornar um transceptor de rádio. Quando isso acontece, o metal pode absorver a energia e começar a superaquecer, potencialmente danificando o implante e qualquer tecido que o rodeia. Como o FDA trata o tema De acordo com o FDA (Food and Drug Agency – EUA), para avaliação de implantes em ambiente de ressonância magnética, o fabricante pode declarar o seu produto como seguro, condicionalmente seguro ou não-seguro em ambiente de ressonância magnética. Para subsidiar a declaração, podem ser necessários racionais científicos, simulações computacionais e, até mesmo, ensaios físicos para diferentes intensidades de campo eletromagnético. Independente disso, os riscos associados à uma possível submissão de pacientes com implantes ao ambiente de RM precisam estar previstos no Gerenciamento de Riscos, de acordo com a norma ISO 14971. Há ganho comercial em afirmar que um implante é compatível? A tendência mundial é que sejam exigidos estudos mais completos sobre a compatibilidade de implantes não ativos em ambiente de RM. Reuniões técnicas estabelecendo as normativas sobre o tema estão em alto nível de atividade, os organismos notificadores da União Europeia têm sido rigorosos e há intensa troca de experiências no IMDRF. Naturalmente, médicos e pacientes irão preferir as próteses e implantes que foram avaliadas e atestam que são compatíveis com ambiente de ressonância magnética, trazendo maior segurança na tomada de decisões. Sendo assim, a realização de ensaios pode ser vista não apenas sob a ótica regulatória, mas também sob a ótica de diferencial de mercado. Avalie seu produto A MSC MED conta com especialistas focados em soluções que envolvem simulações computacionais para definição de casos críticos e comportamento de implantes em ambiente de RM, bem como estabelecimento de racionais baseados em literatura científica visando definir a necessidade e otimizar os testes físicos em cabine para avaliação do seu dispositivo médico em ambiente de RM. Estamos a disposição para atendê-lo. Referências Kumar, Ritabh, et al. “Safety of orthopedic implants in magnetic resonance imaging: an experimental verification.” Journal of orthopaedic research 24.9 (2006): 1799-1802. Koch, K. M., et al. “Magnetic resonance imaging near metal implants.” Journal of Magnetic Resonance Imaging 32.4 (2010): 773-787. ORTHOPEDIC Implants, Materials, and Devices. Disponível em: <http://www.mrisafety.com/SafetyInfov.asp?s_keyword=implant&s_Anywords=&SafetyInfoID=189>. Acesso em: 17 ago. 2018. THE FACTS About MRIs and Metal Implants. Disponível em: <https://www.verywellhealth.com/mri-with-a-metal-implant-or-joint-replacement-2549531>. Acesso em: 17 ago. 2018.
Insertos de Polietileno Reticulado (Cross-Link / XLPE) apresentam menores taxas de revisão?
Insertos de polietileno reticulado (XLPE – cross linked polyethylene) foram desenvolvidos com o objetivo de reduzir o desgaste em próteses articulares. A necessidade de cirurgias de revisão devido a complicações associadas ao desgaste do componente polimérico é um problema recorrente, principalmente em pacientes mais jovens e ativos. Por muito tempo, o padrão ouro do par tribologico destes produtos foi fabricado com polietileno convencional de grau médico (CPE – conventional polyethylene). O XLPE é definido como o CPE que foi irradiado com, ao menos, 50 kGy de radiação gamma, beta ou de feixe de elétrons. Esse tratamento induz a reticulação entre moléculas de polietileno, melhorando a resistência ao desgaste. Mas, será que o polietileno reticulado resolveu o problema de desgaste? E, se resolveu, não introduziu novos riscos? Taxas de cirurgias de revisão: XLPE vs CPE Um estudo australiano, dos mais completos já realizados sobre o tema, indicou que próteses de quadril com insertos de polietileno reticulado (XLPE) reduzem substancialmente o risco de cirurgia de revisão após artroplastia total de quadril em comparação com próteses utilizando polietileno convencional (CPE). O uso do XLPE resultou em uma redução significativa na taxa de revisão em 16 anos de acompanhamento de artroplastias totais de quadril para osteoartrite. As próteses com insertos convencionais levaram a taxas de revisão até três vezes maiores. Estudos anteriores já haviam sugerido que próteses de quadril que utilizam insertos de XLPE eram menos propensas ao desgaste do que as com revestimento em CPE. Contudo, os dados provenientes deste estudo proporcionam um acompanhamento mais longo em relação ao risco de revisão, dados importantes para subsidiar o médico e o paciente na tomada de decisão. O estudo incluiu mais de 240.000 pacientes entre 1999 e 2016. Próteses com um inserto de XLPE foram utilizados em aproximadamente 199.000 procedimentos, enquanto próteses com CPE foram usadas em 41.000 procedimentos. Então, o XLPE é superior em todos os sentidos? O processo de reticulação, embora melhore a resistência ao desgaste, prejudica certas propriedades mecânicas, deixando os implantes mais propensos a fraturas por fadiga. A irradiação de polietileno gera radicais livres que podem reagir com o oxigênio, potencialmente comprometendo o desempenho mecânico a longo prazo. De fato, a quebra de dispositivos de XLPE tem sido descrita constantemente na literatura, em particular quando foram usados em projetos antigos de mecanismos de travamento. Esse modo de falha não acontecia com insertos de CPE. Assim, o mal posicionamento do componente acetabular, com a concentração de tensões e possibilidade de impactos associados, é um fator de maior risco para o XLPE. Além disso, o benefício de usar XLPE se restringe à próteses de quadril, não sendo aplicável em sua “colega”: a prótese de joelho. A articulação do quadril é esférica e altamente conforme, e por isso o desgaste abrasivo e adesivo são os mecanismos característicos. Já a articulação do joelho, com seus movimentos deslizantes e rolantes, é menos conforme e cria tensões de contato e cisalhamento não presentes no quadril. Sendo assim, o XLPE não possui vantagens – pelo contrário, possui maior risco – quando comparado ao CPE em artroplastia do joelho. MSC MED: Inteligência de mercado em dispositivos médicos O estudo citado mostra que, na Austrália, uso de insertos de XLPE em artroplastias de quadril aumentou drasticamente nos últimos anos: de aproximadamente 9% dos implantes em 2000 para 97% em 2016. Quem, à época, investiu no desenvolvimento e Validação desta tecnologia saiu na frente e ganhou mercados. Nos Estados Unidos, utilização de CPE veio decrescendo a cada ano até alcançar uma porcentagem negligenciável no Registro Americano, sendo que a média de idade dos pacientes que recebem esse tipo de prótese é de 79 anos. A MSC MED é especialista na avaliação de desempenho de dispositivos médicos e acompanha os trends do mercado com foco na segurança e eficácia dos produtos. Conte conosco para a avaliação de novas tecnologias com foco na inserção do produto no mercado. Referências ODT AJRR – American Joint Replacement Registry. Fourth AJRR Annual Report on Hip and Knee Arthroplasty Data. Rosemont, IL, EUA. 2017. Zagra, Luigi, and Enrico Gallazzi. “Bearing surfaces in primary total hip arthroplasty.” EFORT Open Reviews 3.5 (2018): 217-224 Sakellariou, Vasileios I., et al. “Highly cross-linked polyethylene may not have an advantage in total knee arthroplasty.” HSS Journal® 9.3 (2013): 264-269.
Os principais modos de falhas de placas de fixação interna para membros inferiores.
Conforme mostramos nesse post aqui, as fraturas ósseas geram grande preocupação para a saúde pública e a principal forma de tratamento é através do uso de placas de fixação interna. Para a avaliação pré-clínica de produtos médicos, é necessário mapear os principais modos de falha apresentados pelos produtos como parte de um sistema de gerenciamento de riscos. Por esta razão, estamos fazendo uma série de posts baseados em um artigo que reuniu as principais causas de falhas em placas ósseas. Desta vez vamos falar dos modos de falha em membros inferiores. MEMBROS INFERIORES Osteotomia Alta da Tíbia O procedimento de Osteotomia Alta da Tíbia ocupou o segundo lugar em ocorrência de falhas em placas, apresentando uma alta taxa de fraturas secundárias à fixação de placas anatômicas. Foram encontradas taxas significativas de complicações, que incluíam pseudoartrose, fratura do córtex lateral da tíbia e perda da correção. Diante disso, a utilização de placas mais longas e maiores nestes procedimentos, por sua maior estabilidade tanto a forças de compressão quanto de torção, é recomendada. Fraturas Distais do Fêmur Na avaliação de fraturas distais do Fêmur foram encontradas muitas falhas de placas anatômicas. A quebra da placa, principalmente ao nível da fratura, o afrouxamento de parafusos da porção proximal, e a quebra de parafusos da porção condilar do implante foram os modos de falhas mais frequentes dos casos encontrados. Possíveis desvantagens do uso destes dispositivos para o tratamento de fraturas distais de Fêmur incluem a dificuldade na redução do componente metafiseal-diafiseal e na colocação precisa do componente fixador. Além disso, sua utilização é tecnicamente exigente pois a redução da fratura e sua fixação precisam ser obtidas e realizadas simultaneamente. Fraturas Periprostéticas do Fêmur Apesar desta revisão ter encontrado poucas falhas de placas anatômicas usadas para o tratamento de fraturas periprostéticas do Fêmur, este grupo respondeu pelo maior número de quebras de placas, 45,83%, dentre todas as falhas para este evento. O mecanismo causador desta falha estaria relacionado à qualidade óssea do paciente, configuração da fratura e às condições dos tecidos adjacentes (partes moles). Estudos advertem sobre o aumento no risco de quebra dos implantes em fixações excessivamente rígidas, com o uso de muitos parafusos, devido à concentração de tensão na área da fratura. Além disso, a presença de fatores de instabilidade medial, como algumas configurações de fratura ou na presença de defeitos ósseos, são situações para se considerar o uso de enxertos de suporte para o córtex medial do Fêmur, a fim de aumentar a estabilidade e reduzir o estresse sobre a região fraturada. Fraturas Trocantéricas do Fêmur As falhas de placas reportadas nas fraturas trocantéricas do fêmur possuem mecanismos similares às falhas em fraturas periprostéticas. Isto é, configuração da fratura, qualidade óssea e qualidade dos tecidos adjacentes. Além disso, uma quantidade significativa de falhas por entortamento e quebra de placas em fraturas subtrocantéricas em espiral e em três partes foi encontrada. Avaliação dos nossos especialistas Avaliando os dados obtidos nos artigos científicos especializados, notamos que, para membros inferiores, o modo de falha que mais ocorre é fadiga e consequente ruptura da placa ao nível da fratura. A quebra das placas aconteceu com mais frequência nos dispositivos utilizados para o tratamento de fraturas distais do Fêmur, seguido pelas fraturas periprostéticas e trocantéricas do fêmur. A região do fêmur é uma das regiões do corpo onde as cargas cíclicas são mais elevadas, em conjunto com a região da coluna lombar. Este mecanismo de elevada carga, juntamente com possíveis dificuldades da equipe médica causadas pela complexidade de algumas situações, são as causas que mais direcionam à falha em placas implantáveis localizadas em membros inferiores. O modo de falha por ruptura da placa é característico de fenômeno de fadiga, o que pode ser causado por sobrecarga cíclica na placa em relação ao que foi previsto no projeto, ou por defeitos de fabricação. Já o modo de falha por entortamento, conforme identificado nas fraturas trocantéricas, por exemplo, é causado por sobrecarga em único ciclo, que pode ter como origem o impacto ou quedas do paciente. Gerenciamento de Riscos Em um sistema de Boas Práticas para desenvolvimento e fabricação de dispositivos médicos, é necessário que seja implementado um sistema de gerenciamento de riscos. Dentro desse sistema, o levantamento das causas de falha mais comuns é tido como um dos principais parâmetros de entrada. Isso é cobrado por diversas agências reguladoras, como por exemplo a ANVISA, que na RDC 56/2001 (Requisitos Essenciais de Segurança e Eficácia de Produtos para Saúde) atesta que o fabricante “deverá estabelecer, documentar e manter durante o ciclo de vida do produto, um processo contínuo para identificação das potenciais fontes de dano associados ao material de uso em saúde, estimando e avaliando os riscos associados”. Conte Conosco A MSC MED auxilia diversos fabricantes, importadores, desenvolvedores e multinacionais do ramo de dispositivos médicos implantáveis para ortopedia no levantamento de potenciais riscos e no tratamento destes, por meio de protocolos de validação pré-clínica. Esse trabalho é realizado com o objetivo de obter a aprovação pré-mercado dos dispositivos no mercado brasileiro e internacional. Referência ESPERIDIÃO, Alexandre Batista et al. MODOS DE FALHAS DE PLACAS ANATÔMICAS EM FRATURAS DE OSSOS LONGOS.In: ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA BIOMECÂNICA, 6., 2018. Águas de Lindóia: Abcm, 2018.
Modos de falhas de placas de fixação interna de Membros Superiores
As fraturas ósseas correspondem a 40% das injúrias não fatais e 16,2 milhões de casos ocorrem no mundo anualmente. Seu tratamento pode ser cirúrgico ou não cirúrgico, sendo a fixação interna uma das principais opções de tratamento. Este processo de fixação se dá através do uso de implantes, principalmente placas, que permitem regeneração e osteossíntese. Placas anatômicas podem apresentar falhas por diversos motivos, e, em virtude disso, podem levar à necessidade de cirurgias de revisão. Isso traz problemas ao paciente e à saúde pública, uma vez que tratam-se de procedimentos de alto custo. Tendo isso em vista, estudos foram desenvolvidos visando minimizar esses problemas ainda na fase pré-clínica de avaliação dos dispositivos. Dentre os diversos modos de falhas em placas de fixação interna e os sítios de fratura existentes, um artigo analisou as principais publicações e bases de dados a respeito e elencou as mais comuns. Dividimos em uma série de posts visando abordar melhor cada região de falha e suas causas. MEMBROS SUPERIORES Fraturas Proximais do Úmero Entre membros superiores, o úmero proximal é o sítio de fratura onde mais ocorrem falhas de placas ósseas. As falhas mais presentes nesse tipo de fratura foram: Extrusão dos parafusos bloqueados e invasão do espaço articular por meio de perfuração incorreta do osso. Esses tipos de falha acontecem majoritariamente por erros técnicos durante a cirurgia, como reduções anatômicas ruins e principalmente indicações inadequadas de tratamento. O uso desmedido de placas de fixação interna para fraturas de úmero proximal pode resultar em altas taxas de falha na redução anatômica, fraturas com luxação, fragmentação ou desconexão da cabeça umeral com o segmento metafiseal. Deve-se ter atenção ao optar por este tratamento para os casos em que não se pode garantir a estabilidade da fratura e na vigência de deficiências ósseas (como osteopenia ou necrose avascular). Isso se deve à limitações nos próprios projetos dos implantes. O mecanismo de bloqueio de alguns parafusos pode levar o cirurgião a superestimar a fixação, gerando uma sensação de estabilidade daquele componente. Essa ilusão de uma ligação satisfatória pode esconder uma fixação instável e passível de colapso. Arrancamento do conjunto placa-parafusos da cabeça umeral seguido de deslocamento da fratura em varo. Neste caso, pode-se atribuir as falhas a uma série de erros técnicos, que incluem a não utilização de bandas de tensão sobre as tuberosidades, suporte medial inadequado devido aos parafusos que não alcançaram o osso subcondral, e não aplicação de enxertos ósseos na cominuição da porção medial ou nos defeitos ósseos existentes. Avaliação dos nossos especialistas Nota-se que, dentro dos modos de falha observados em placas para membros superiores, neste e em outros artigos, não foram notadas falhas por ruptura em fadiga. Isso pode ser interpretado como esperado, visto que os membros superiores não são expostos a cargas cíclicas devido a transmissão de carregamentos oriundos da marcha humana. Sendo assim, os modos de falhas observados em placas posicionadas em membros superiores (úmero, rádio, clavícula, entre outros) foram provenientes principalmente de quedas do paciente, de equívocos ocorridos na cirurgia ou de falhas de projeto de roscas dos parafusos, que levaram a arrancamento ou extrusão dos mesmos. No próximo artigo da série veremos que a situação é oposta para placas localizadas em membros inferiores. Falhas ocorridas no intraoperatório não foram computadas por esse trabalho. Gerenciamento de Riscos Em um sistema de Boas Práticas para desenvolvimento e fabricação de dispositivos médicos, é necessário que seja implementado um sistema de gerenciamento de riscos. Dentro desse sistema, o levantamento das causas de falha mais comuns é tido como um dos principais parâmetros de entrada. Isso é cobrado por diversas agências reguladoras, como por exemplo a ANVISA, que na RDC 56/2001 (Requisitos Essenciais de Segurança e Eficácia de Produtos para Saúde) atesta que o fabricante “deverá estabelecer, documentar e manter durante o ciclo de vida do produto, um processo contínuo para identificação das potenciais fontes de dano associados ao material de uso em saúde, estimando e avaliando os riscos associados”. Conte Conosco A MSC MED auxilia diversos fabricantes, importadores, desenvolvedores e multinacionais do ramo de dispositivos médicos implantáveis para ortopedia no levantamento de potenciais riscos e no tratamento destes, por meio de protocolos de validação pré-clínica. Esse trabalho é realizado com o objetivo de obter a aprovação pré-mercado dos dispositivos no mercado brasileiro e internacional. Referência ESPERIDIÃO, Alexandre Batista et al. MODOS DE FALHAS DE PLACAS ANATÔMICAS EM FRATURAS DE OSSOS LONGOS. In: ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA BIOMECÂNICA, 6., 2018. Águas de Lindóia: Abcm, 2018.
Considerações sobre tratamento de superfície para ortopedia
O crescente rigor regulatório faz com que os fabricantes de dispositivos avaliem novos revestimentos e tecnologias de tratamento de superfície. Com o maior rigor dos órgãos reguladores, os OEMs (do inglês: Original Equipment Manufacturers) ortopédicos estão atentando mais para o desempenho de seus dispositivos médicos e investindo recursos para simular condições reais enfrentadas por seus produtos para avaliar o desempenho. Processos de revestimento e tecnologias de modificação de superfícies vem sendo usados há décadas por empresas ortopédicas. Mas, em um processo de melhoria contínua, os OEMs seguem buscando formas de aprimorar o processo de integração óssea. Quais problemas os revestimentos podem resolver? Para a fabricação de implantes, o titânio e suas ligas são as matérias primas preferidas dos OEMs, devido a suas propriedades mecânicas, biocompatibilidade, resistência a corrosão e baixa condutividade elétrica. Porém, estes materiais não induzem efetivamente a osseointegração. Além disso, as empresas possuem dificuldades em relação a infecções bacterianas em implantes. Dados dos EUA e do Reino Unido indicam que 23% a 25% dos procedimentos de revisão após a artroplastia do joelho são decorrentes de infecções deste tipo, tornando essa um dos problemas mais comuns. Com infecções bacterianas sendo de grande preocupação, uma consideração importante é a porosidade e a textura do revestimento da superfície. Estudos revelam que superfícies ásperas facilitam a adesão bacteriana, dificultando o tratamento com antibióticos. Entretanto, a rugosidade na faixa de micrometros estimula a osteogênese e garante a fixação do implante no osso. O cenário ideal seria uma superfície com uma rugosidade na faixa nanométrica para reduzir o risco de infecções bacterianas. Outra solução potencial para eliminar infecções bacterianas é o revestimento de implantes com antibióticos. Pesquisadores querem melhorar a integração osso-implante metálico modificando a estrutura da superfície ou desenvolvendo novos revestimentos. Empresas e institutos de pesquisa estão destinando recursos para estudos de novos revestimentos e estão obtendo resultados interessantes. Seguem alguns exemplos ao redor do mundo: Suíça: uma empresa desenvolveu revestimento que acelera o processo de osseointegração para o titânio. Ele é a base de óxido de titânio, que libera pequenas quantidades de estrôncio para estimular o crescimento ósseo, sem comprometer a estabilidade do revestimento. Suécia: Pesquisadores desenvolveram um revestimento de Hidroxiapatita (HA) com porosidade na faixa dos nanômetros (nm) que aumenta a estabilidade do implante e promove o crescimento ósseo. Estudos mostram que este revestimento pode aumentar a ancoragem de implantes de titânio em até 35% e os implantes de PEEK em mais de 80% durante o primeiro período crítico de cicatrização. Irã: Pesquisadores aplicaram revestimentos de biovidro a implantes de titânio com resultados promissores. O bioglass funciona de forma semelhante a hidroxiapatida formando uma forte ligação com tecidos moles e duros. China: Pesquisadores testaram a dopamina como revestimento e melhoraram a hidrofilicidade e a resistência à corrosão do implante. Além disso, cria superfícies bioativas para adesão celular. Austrália: Para contornar os problemas de contaminação e/ou rejeição, pesquisadores australianos revestiram implantes de titânio impressos 3d com diamante e obtiveram melhora a interação entre o osso e uma redução significativa da fixação bacteriana no implante. Além disso, foi possível observar uma melhora na biocompatibilidade e resistência do implante. EUA: Uma pesquisadora de Ohio desenvolveu uma maneira de usar filmes finos de antibióticos para prevenir infecções de implantes cirúrgicos. Os implantes podem ser revestidos com etanol, doxiciclina, eritromicina, cloranfenicol e levofloxacina usando um método único de revestimento por imersão. Implantes em PEEK também seguem em alta no mercado apesar de suas baixas propriedades de osseointegração, que podem ser melhoradas com revestimentos: o mais comum é a hidroxiapatita. Pesquisadores da União Europeia revestiram PEEK com colágeno. O objetivo é usar o material híbrido PEEK- colágeno como um revestimento para criar implantes biologicamente ativos que melhorem a osseointegração após procedimentos de artroplastia articular. Desafios enfrentados pelas tecnologias. Um dos maiores desafios para os provedores de revestimento e modificação de superfície é o rigor regulatório. Por exemplo, testes de biocompatibilidade considerados aceitáveis e inclusivos há apenas alguns anos, hoje exigem uma análise mais aprofundada. Dentro do mercado de dispositivos médicos cada vez mais regulamentado, tornou-se mais demorado e dispendioso para os OEMs obterem aprovação para dispositivos que dispõem de novas tecnologias de superfície. Dependendo da tecnologia específica, há pouca ou nenhuma possibilidade de reivindicar semelhança com dispositivos predicados já existentes no mercado, o que aumenta o tempo e o custo do processo – frequentemente levando a necessidades por pesquisas clínicas para comprovar a eficácia. Conforme se torna mais difícil cumprir os passos regulatórios, é mais comum que os OEMs reavaliem o desempenho de seus produtos. Algumas empresas descobrem que seus revestimentos herdados não se sustentam tão bem quanto esperavam – forçando-os a considerar novos revestimentos de superfície e métodos de tratamento. Como o mercado de implantes ortopédicos continua a evoluir e se alterar devido às mudanças demográficas e expectativas regulatórias, a demanda por implantes de melhor desempenho aumentará. Para atender a essas demandas de mercado, os OEMs e seus parceiros da cadeia de suprimentos devem encontrar maneiras novas e inovadoras de melhorar a funcionalidade do implante, investindo em revestimentos avançados e modificações de superfície, proporcionando uma melhor experiência ao paciente. Referência | Referência
[WEBINAR] Como reduzir custos na fase regulatória de dispositivos médicos?
O custo com a fase regulatória em produtos para saúde é, muitas vezes, maior que o esperado. Isso acontece pois, além das taxas pagas às agências reguladoras, muitos ensaios e testes devem ser realizados. Uma forma prática de reduzir os custos foi abordada no Webinar “Reduza custos na fase regulatória do projeto”. A MSC MED e ESSS, parceira exclusiva da ANSYS no Brasil, desenvolveram um Webinar sobre a aplicação da ferramenta de Elementos Finitos para Dispositivos Médicos. O CEO Heitor Korndorfer abordou o tema “Reduza custos na fase regulatória do projeto”. A aula abordou a análise por elementos finitos como ferramenta útil para redução de custos, aplicações na fase de desenvolvimento de projeto e na avaliação da segurança e eficácia do produto, além da demonstração de um estudo de caso aplicado a próteses de quadril. O engenheiro da MSC MED apresentou metodologias utilizadas para a avaliação computacional de implantes, incluindo boas práticas e requisitos técnicos necessários para a assertividade da utilização deste tipo de recurso frente a agências reguladoras, como a ANVISA. “A proposta de compartilhar o conhecimento online tem por objetivo disseminar o conceito das principais agências reguladoras sanitárias do mundo, que vêm ampliando a aceitação do uso de simulação computacional para a avaliação de segurança e eficácia de produtos médicos”, revela Korndorfer. “Em recente declaração, o FDA (Food and Drug Administration – EUA) diz que a análise computacional por elementos finitos tem potencial para acelerar o processo de aprovação, se for bem utilizada”. Você pode acessar o webinar pelo link abaixo.
Insights sobre Artroplastia de Joelho e Quadril – Registro Nacional Americano
O Registro Nacional Americano trouxe importantes insights sobre Artroplastia de Joelho e Quadril, dados importantes para quem deseja comercializar neste mercado. Muitos países e instituições costumam publicar relatórios anuais sobre a utilização de dispositivos médicos para realização de cirurgias específicas. São os chamados “Registros Nacionais”. Em 2017, o American Joint Replacement Registry (AJRR), registro norte-americano de artroplastia, alcançou um importante marco, entrando em mais de um milhão de procedimentos de artroplastia em seu banco de dados. O Relatório Anual da AJRR 2017 apresenta a imagem mais abrangente até o momento dos padrões de substituição do quadril e do joelho nos EUA. O relatório anual coleta dados de 2012-2016 e contém 860.080 procedimentos. Refletindo o crescimento rápido e acelerado, o marco de um milhão do registro foi alcançado em março do ano passado. “O Registro tem visto um crescimento significativo da participação desde o nosso relatório anterior – um aumento de 101% nos procedimentos, um aumento de 57% nas instituições relatadoras e um aumento de 50% nos cirurgiões”, disse Daniel J. Berry, MD, presidente da AJRR. “O crescimento leva a mais e melhores dados, permite uma análise mais acionável e produz idéias que melhoram o suporte à decisão cirúrgica”. Insights Cirúrgicos Seguem-se alguns achados principais relacionados à prática cirúrgica de artroplastia total do quadril (THA) e artroplastia total do joelho (TKA) com base na análise dos dados mais recentes relatados pela AJRR. Quais procedimentos cirúrgicos estão aumentando ou diminuindo? A carga de revisão é uma medida do sucesso da artroplastia. Qual é a tendência entre os registros? Qual é o projeto mais comum do implante do joelho? Como os perfis demográficos do paciente estão mudando? Perguntas como estas (e mais) são abordadas em detalhes ao longo do relatório anual. As conclusões abrangentes do relatório do ano passado serão de interesse para cirurgiões ortopédicos, hospitais, empresas de dispositivos médicos, agências governamentais e outras partes interessadas da área de saúde. Principais números sobre THA A taxa de revisão de 2016 é de 8,6 por cento. Tem vindo a diminuir em todos os registos nacionais. A maioria das revisões ligadas adiantadas (menos de 3 meses) são por deslocação, infecção e fratura peri-prostética. THA para fratura do pescoço femoral continua a crescer; a maioria usa hastes sem cimento e cabeças bipolares em todas as faixas etárias. O uso cerâmico da cabeça está aumentando a cada ano, com o “ponto de inflexão” de uma distribuição uniforme entre cabeças cerâmicas e CoCr ocorrendo aos 68 anos. Os pacientes masculinos predominam em grupos etários mais jovens, mas as mulheres representam a maioria dos procedimentos à medida que a população envelhece. Principais números sobre TKA A taxa de revisão de 2016 é de 5,1 por cento. Permaneceu constante em todos os registros nacionais. A maioria das revisões de TKA continuam sendo por infecções. Os projetos de estabilização posterior são o design mais comum usado no TKA primário, mas o uso de design ultra-congruente aumentou constantemente ao longo do tempo. O uso do projeto de rolamento móvel permanece consistentemente em torno de 8-9 por cento do TKA primário. O polietileno altamente reticulado (cross-link) é usado na maioria dos procedimentos primários de TKA, mas reflete uma tendência descendente. UHMWPE convencional está diminuindo; O polietileno antioxidante está aumentando. Expectativas para o futuro. AJRR agora é capaz de coletar três níveis de dados, incluindo medidas de resultado relatadas pelo paciente (PROMs), bem como comorbidade e dados de complicações operacionais. Como resultado, o registro será capaz de ajustar os dados do participante, aumentando consideravelmente seu valor para todas as partes interessadas. O foco emocionante no futuro é a divulgação de dados longitudinais ajustados ao risco, que serão compartilhados em futuros relatórios anuais da AJRR. Referência
Tamanho de Cabeça Femoral mais implantado em Artroplastias Totais de Quadril.
Neste texto, reunimos os dados sobre tamanhos de cabeças femorais mais implantadas nos Estados Unidos. Os avanços recentes em materiais protéticos, formas e superfícies articuladas da artroplastia total do quadril (ATQ) tem ajudado a superar a falha por desgaste, uma das complicações mais comuns do procedimento cirúrgico. No entanto, as causas mais comuns de revisões de ATQ ainda são a instabilidade e o deslocamento da cabeça em relação ao componente acetabular. Ao observarmos os dados do Registro Nacional de Artroplastia Americano, notamos que os padrões de uso do tamanho de cabeça femoral permaneceram relativamente constantes entre 2012 e 2016, com as cabeças de 36 mm sendo usadas em aproximadamente 60% dos procedimentos performados (Figura). Em uma comparação entre 2012 e 2015, o uso de cabeças de 36 mm aumentou significantemente enquanto todos os outros tamanhos de cabeça tiveram seu uso diminuído. Ao longo dos últimos anos, observou-se uma tendência para o aumento do tamanho da cabeça femoral na artroplastia total do quadril para melhorar a estabilidade e a amplitude de movimento livre do choque. Como resultado, os cirurgiões ortopédicos que realizam artroplastia total do quadril (ATQ) observaram uma diminuição significativa na taxa de deslocamento ao usar tamanhos de cabeça maiores. De acordo com o estudo mais recente na literatura, um tamanho de cabeça femoral de ≥36 mm levou a uma diminuição significativa na taxa de deslocamento aos 3, 6, 12 e 18 meses após a cirurgia, em comparação com os tamanhos de cabeça menores que 36 mm. Em alguns aspectos, o material do rolamento e a anatomia do paciente limitarão o tamanho da cabeça femoral que o cirurgião pode usar. O tamanho do componente acetabular é determinado pela anatomia do paciente, e o tamanho do copo influencia o tamanho da cabeça femoral que um cirurgião pode implantar. Como tal, muitas vezes um cirurgião aumentará o tamanho do componente acetabular para colocar uma cabeça femoral maior, aumentando assim a quantidade de osso acetabular removido. Existe uma vantagem cinemática clara para rolamentos de cabeça femoral maiores. Sabe-se que aumentar o tamanho da cabeça femoral leva a um aumento da relação cabeça-pescoço, o que resulta em maior amplitude de movimento. Estudos mostraram que o aumento do tamanho da cabeça femoral atrasava o contato entre o pescoço femoral e o componente acetabular, melhorando assim o movimento. Em particular, os tamanhos de cabeça femoral maiores foram frequentemente utilizados em casos com fatores de risco de instabilidade, incluindo gênero feminino, idade avançada, distúrbios neurovasculares ou cognitivos, abuso de substâncias, déficits de tecido mole do quadril, cirurgia anterior do quadril e outros. Referências: Cho, M.-R., Choi, W. K., & Kim, J. J. (2016). Current Concepts of Using Large Femoral Heads in Total Hip Arthroplasty. Hip & Pelvis, 28(3), 134–141. http://doi.org/10.5371/hp.2016.28.3.134 AJRR – American Joint Replacement Registry. Fourth AJRR Annual Report on Hip and Knee Arthroplasty Data. Rosemont, IL, EUA. 2017.
Normatização para Implantes Cirúrgicos | Curso Intensivo
Um dos principais motivos para indeferimentos na ANVISA no registro de implantes é o não conhecimento das regras e normas aplicáveis. Para facilitar o entendimento destas, o Engenheiro Mecânico Heitor Korndorfer, CEO da MSC MED e o Mestre em Engenharia Mecânica e CEO da SCiTec, Darlan Dallacosta vão ministrar um Curso Intensivo no dia 20 de abril, em São Paulo (SP). O evento acontecerá no Hotel Estanplaza Nações Unidas, das 9h às 17h e tem vagas limitadas. Na pauta, serão apresentados temas como: o papel das normas no comércio nacional e internacional, as diferenças entre os regramentos da ASTM, ISO e ABNT e a aplicação das normas técnicas de produto no âmbito de assuntos regulatórios. As normas de especificações e requisitos para dispositivos médicos farão parte da explanação do turno da tarde. Estão no programa também os conceitos de avaliação de segurança e eficácia de produtos e as normas de métodos de ensaio. Para fechar o intensivo será proposta uma mesa redonda para debater as exigências técnicas da ANVISA. Os interessados poderão enviar antecipadamente sua exigência para ser avaliada na ocasião. Serviço: O que: Curso Intensivo de Normatização para Implantes Cirúrgicos Quando: dia 20/04, das 9h às 17h Local: Estanplaza Nações Unidas, Rua Guararapes, 1889 – Brooklin Novo – São Paulo(SP) Brasil Investimento: R$ 275,00 até 20/03 – R$ 325,00 até 05/04 – R$ 375,00 até 18/04 Inscrições: Encerradas. Maiores Informações: (48) 3236.7401/ mscmed@mscmed.com.br Sobre os instrutores: Darlan Dallacosta – Mestre em Engenharia Mecânica. É secretário do comitê de implantes para substituição de articulações e osos da ABNT (CE 26.070.04) e coordenador do comitê de materiais biomédicos da ABNT (CE26.070.01). Atua como membro do comitê F04 (Medical and Surgical Materials and Devices) da ASTM (American Society os Testig Materials) e CEO da Scitec, laboratório de ensaios para avaliação de materiais e produtos acabados. Heitor Korndorfer – Engenheiro mecânico formado pela Universidade Federal do Paraná. Atuou como Gerente Técnico do Laboratório de Engenharia Biomecânica da UFSC, um dos principais centros de pesquisa de dispositivos médicos no Brasil, sendo responsável pelo gerenciamento técnico e dos ensaios realizados no laboratório. É secretário do comitê de implantes para trauma e coluna da ABNT (CE 26.070.05 – Osteossíntese e Coluna), atuando na área de normatização. e membro do comitê F04 (Medical and Surgical Materials and Devices) da ASTM (American Society of Testing Materials). Atua como CEO da MSC MED, empresa que oferece orientação técnica e científica no desenvolvimento e avaliação de dispositivos médicos e produtos para a saúde.
Comitê da ASTM discute a aprovação de nova norma para ensaios em placas ósseas de pequenas dimensões
Circula para avaliação dos especialistas da ASTM proposta para criação da norma técnica para ensaios mecânicos específicos para placas ósseas de pequenas dimensões. Esta proposta de norma da ASTM pode aplicar-se a placas de mini e microfragmentos, bem como craniomaxilofaciais (CMF), e oficializa alguns métodos de ensaio que já eram utilizados informalmente por diversos fabricantes interessados em avaliar os seus produtos. A nova proposição de norma permite a avaliação das placas em torção, em flexão em balanço e em flexão três pontos. Isso possibilita escolher um método que se aplique melhor a geometria da placa que se deseja avaliar. De acordo com o Eng. Heitor Korndorfer, CEO da MSc Med, que é membro votante da ASTM desde 2015 e atual responsável pela revisão das normas relativas a parafusos ósseos na associação, “a nova norma fornece mais opções e deixa claro que cabe ao usuário definir o método que melhor se aplica ao seu produto. É sem dúvidas um avanço, já que a ASTM F382 possui limitantes”.